Um vídeo do Heavy Metal Day no US Festival, de 1983, foi a primeira vez que tive contato com um concerto do Ozzy Osbourne. Fui à sessão pra ver o Van Halen, mas o som estava baixo, fiquei chapado mesmo pelo som do Ozzy. No sábado à noite, o carismático vocalista clássico do Black Sabbath fez um showzaço fechando a primeira noite do Monsters of Rock 2015 em S.Paulo. Está com uma banda jovem, vitaminada e muito, muito boa, com destaque para o batera Tommy Clufetos – que veio com o Sabbath ao Brasil – e o guitarrista Gus G. De bobos, Ozzy e Sharon Osbourne não têm nada! Mas o que chama a atenção é que, aos 66 anos, depois de tantos excessos na estrada do rock, Ozzy parece muito bem. É um showman! Muito bom de palco. Parece que cresce num evento com o Rock in Rio ou o Monsters. Bicho de festival.
O show teve um toque de anos 80, a começar por “Bark at the Moon”, incluindo “Shot in the Dark” (como no show de 2011). Mais clássicos da era Rhoads e do Sabbath, claro. Abaixo, o setlist aproximado divulgado pelo festival.
O Setlist do príncipe das trevas! \m/ #OzzyOsbourne no #MonstersOfRock2015 pic.twitter.com/rKSvBnZuOA
— Monsters Of Rock (@MonstersOfRckBr) 26 abril 2015
Os metal gods do Judas Priest, tratados como “convidados especiais” do Monsters, fizeram dois shows. O de sábado foi um pouco maior. Também teve muitas lembranças dos anos 80! Destaques para a perfomance de Rob Halford, um #M1T0 da voz, desfilando sua coleção de jaquetas de couro ou jeans. O guitarrista Richie Faulkner parece totalmente à vontade e agita muito na frente do palco. Glen Tipton continua mandando bem na fábrica de riffs em forma de guitarra. As animações do telão foram um show à parte. O setlist de sábado:
- Dragonaut
- Metal Gods
- Devil’s Child
- Victim of Changes
- Halls of Valhalla
- Love Bites
- Turbo Lover
- Redeemer of Souls
- Jawbreaker
- Breaking the Law
- Hell Bent for Leather
- BIS I: Electric Eye
- You’ve Got Another Thing Comin’
- Painkiller
- BIS II: Living After Midnight
- No concerto de domingo, mais curto, o Priest trocou “Love Bites” por “March of the Damned”. E acreditem: não rolou “You’ve Got Another Thing Comin'”.
A lamentar, as filas “Monsters” no sábado, mais de uma hora para entrar na Arena Anhembi. Por que só uma entrada? Por que tão longe dos estacionamentos e do Metrô?
Na monstruosa fila, muitos fãs preocupados se iam perder o show do Mötorhead, que acabou não rolando, por causa dos problemas de saúde do Lemmy. Subiram ao palco três integrantes do Sepultura, que junto com o guitarrista e o batera do “Mötor”, mandaram ver numa jam: “Sepulhead“! “Orgasmatron”, “Ace of Spades” e “Overkill”.
No domingo, a fila andou, ainda bem, e mesmo quem chegou no segundo tempo do futebol, conseguiu ver o show inteiro do Accept. Excelente! Confira o setlist divulgado pelo festival nas redes sociais.
Entre o Accept e o segundo show do Priest, teve o volume altíssimo do Manowar. Confesso que já gostei muito mais da pesadíssima banda, mas respeito quem achou esse um dos melhores shows do Monsters 2015.
Quem também arrasa ao vivo é o Kiss. Nem precisava de tanta explosão, porque as canções são muito boas, estão na memória afetiva dos roqueiros e emocionam!
- Detroit Rock City
- Creatures of the Night
- Psycho Circus
- I Love it Loud (canta Gene)
- War Machine (canta Gene)
- Do You Love Me
- Deuce (canta Gene)
- Hell or Hallelujah + solo do guitarrista Tommy Thayer
- Calling Dr. Love (canta Gene)
- Lick it Up / Won’t Get Fooled Again (do The Who)
- God of Thunder (canta Gene)
- Parasite (canta Gene)
- Love Gun
- Black Diamond (canta Eric Singer)
- BIS: Shout It Out Loud
- I Was Made for Lovin’ You
- Rock and Roll All Nite