Foi um tanto estranho o começo do esperado show do quarteto Smashing Pumpkins, um dos maiorais do rock alternativo nos anos 90. No telão, a câmera só mostrava o baixista Mark Stoermer, que é bem na dele (depois de algumas músicas, a ‘programação’ voltou ao normal, ou seja, a banda toda foi mostrada: Billy na guitarra – e que guitarra – e voz. Jeff Schroeder na outra guitarra e o #monstro Brad Wilk na bateria). No telão do centro do palco, tudo escuro. Nenhum vídeo, nem um paninho com capas de disco. Como se fosse para mostrar. O negócio aqui é rock. Tudo o maios é frescura.
E o Billy Corgan, cara de poucos amigos, vai mandando clássico dos Pumpkins. “Cherub Rock”, numa versão mais pesada, “Tonight, Tonight” (um dos seis [!] singles de “Mellon Collie and the Infinite Sadness”), “Ava Adore”… mesmo as canções novas não deixaram a peteca cair. Mas sem dúvida foram as versões das músicas de 1993 e 1995, carregadas não só de peso, como de muito emoção, que fizeram deste showzaço arregaçador.
Foi na turnẽ do “Mellon Collie” que a formação clássica dos Pumpkins veio ao Brasil pela primeira vez, no último Hollywood Rock, em 1996 – na mesma noite escura de The Cure, White Zombie, Supegrass e Pato Fu. Impossível não se emocionar com a levada de “1979” ou a ira de “Bullet with Butterfly Wings”, quase que colada numa rifferama pesadíssima de guitarras que começa com o hino dos Estados Unidos. Continuar lendo “Billy Corgan comandou um ataque furioso de guitarras, no encerramento do Lolla Brasil 2015. The Smashing Pumpkins, São Paulo, 29/02/2015.”