Manu Chao em Araraquara, 23/05/2010

O show da banda Mano Negra no Vale do Anhangabaú, em 1992, está no Top 5 dos concertos que eu mais me arrependo de não ter visto. Rodei mais de 250 km para ver o showzaço de Manu Chao (ex-Mano Negra), no encerramento da Virada Cultural Paulista_2010 na cidade de Araraquara, SP, terra da gloriosa Ferroviária, a “Ferrinha”, que perdeu a final da série A-3 mas subiu para a série A-2 do futebol paulista (na prática, a Segundona estadual). Olha, este é o quarto ou quinto show de Manu Chao que vejo. E devo dizer que as horas de estrada, pedágio e gasolina valeram muito a pena, porque as turnês dele são sempre diferentes uma da outra. Desta vez, ele não veio com a ótima banda Rádio Bemba toda. Esta turnê “La Ventura” (veja post anterior) aqui tem apenas Manu, o brilhante guitarrista Madjid e um batera/percussionista. E não precisa mais. O concerto começou (com atraso) às 17h55. Nos primeiros 40 minutos, Manu mandou um set mais acústico, com algumas músicas não tão conhecidas, mas nem por isso menos animado. Madjid esmerilhando no violão. Destaque para os hits “Señor Matanza”, dos tempos da grande banda anterior de Manu, a Mano Negra, “El Hoyo”, mais a doce “”Amalucada Vida”, “Desaparecido” e o balanço de “Rumba de Barcelona”. Agora, na segunda parte do espetáculo, quando Madjid pega uma guitarra elétrica tipo Gibson SG… Sai de baixo! Impossível ficar parado, com o trio mandando ver sons como “Mr Bobby”, “A Cosa”, “Eldorado 1997”, “Minha Galera”, “Bienvenida a Tijuana”, “Por El Suelo”, “El Viento”, “Clandestino”, “La Despedida”, “Forzando Maquina”, “Mi Vida”, “Bongo Bong”, “Politik Kills” e “Minha Galera”. Sem falar nos remixes ao vivo que Manu costuma fazer, começando uma canção, emendando outra, voltando à primeira… como fez hoje com os sucessos “La Primavera” e “Me Gustas Tú”, que a galera brasileira conhece muito bem. Ora as músicas ganham um arranjo reggae, ora hardcore, como aconteceu com uma pesadíssima versão de “Dia Luna… Dia Pena”. Manu ameaçava se despedir, olhava pro lado do palco, como que pra ver se poderia continuar, e continou, até 19h35. Uma hora e 40 minutos de adrenalina. E olha que os caras tocaram na Virada Cultural de Santos, umas 18 horas antes, provavelmente um show tão energerizante como este de Araraquara! Um senhor concerto de música, com pitadas de rock, reggae, flamenco, salsa, rumba, hardcore etc.  E olha, dá para montar um set-list alternativo com as músicas que ficaram de fora… tipo “Machine Gun”, “Mala Vida”, “Merry Blues”, “La Vida Tombola” e “Me Llamam Calle”.

A praça Pedro de Toledo, em Araraquara, antes do show

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